Se os contos fossem notícia - Escola Roberto Ivens, Ponta Delgada
A oficina "Se os contos fossem notícia" foi criada há alguns anos, para ser desenvolvida, ao longo de várias sessões, por grupos de A.T.L., em período de férias. Recentemente foi me pedido que desenvolvesse esta actividade, em contexto de Feira do Livro, para grupos escolares, do 2º ciclo. O objectivo seria fazer uma oficina mais curta e que permitisse aos professores dar continuidade ao trabalho, durante o ano lectivo. A oficina não chegou a realizar-se, mas a adaptação foi feita e a actividade condensada, de forma a poder ser desenvolvida em apenas 90 minutos.
De 8 a 19 de Maio tive o privilégio de a pôr em pratica, na Escola Roberto Ivens, em Ponta Delgada, e pude comprovar que resulta lindamente na consolidação ou introdução de alguns conteúdos programáticos. Foi também um precioso momento, no que diz respeito a reflexões sobre o trabalho em grupo, à leitura em voz alta, à exposição perante um grupo. Eu gostei muito de a desenvolver e, a avaliar pelas palavras que os participantes me ofereceram, eles também gostaram bastante: espectacular, divertida, fantástica, maravilhosa, interessante e tantas, tantas outras que não consegui memorizar, mas que de alguma forma ficaram gravadas no meu coração. São muitos os contributos que a educação informal e as dinâmicas de grupo podem aportar ao trabalho desenvolvida por professores e escolas e eu sou feliz por poder contribuir. E agora que estou de volta ao continente, pergunto-me: -Será que vão editar um "pequeno" livro, com a compilação de textos criados pelos alunos? Espero que sim! Durante este tempo de intervenção, dinamizei também a oficina "Animação e leitura - experiências e estratégias", com agentes educativos (professores, bibliotecários, técnicos de B.A.D. entre outros) e uma sessão muito divertida de "Flores de Livro", para alunos com necessidades educativas especiais e professores. Termino agradecendo a quem me desafiou a repensar e adaptar esta oficina, e também a quem me convidou e a quem participou nas actividades desenvolvidas. Um forte abraço e votos de até breve! Flores de Livro
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Se os contos fossem notícia
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Animação e leitura - experiências e estratégias
21 de Fevereiro - Dia Internacional da Língua Materna
Já fiz sessões sobre autores portugueses, brasileiros, galegos, sobre os direitos da criança e direitos humanos, liberdade, ambiente e até sobre disparates, mas língua materna era a primeira vez. Estava a chegar o seu Dia Internacional e havia tanto para dizer e contar.
A barriga da mãe, a nossa primeira casa, o lugar onde ouvimos os primeiros sons e primeiras palavras. Logo depois a forma como vamos jogando e aprendendo a usar essas palavras, para contar tudo o que vemos e vivemos e também aquilo que imaginamos. Aprendemos ao longo de toda a vida. A minha língua materna é a Língua Portuguesa, e já conheci pessoas cuja língua era outra: francesa, alemã, mandarim, italiana, norueguesa, russa, bambara, línguas berberes… A escola e a biblioteca devem servir todas as pessoas, e partilhar conhecimento e descobertas, feitas nas mais diversas línguas, nos mais diversos lugares. A escrita é a forma que usamos para representar graficamente tudo o que há e tudo o que não há. O que usamos para escrever? Existem tantas formas diferentes de escrita…! E para as pessoas surdas? Qual é a sua língua materna? Cada língua tem as suas particularidades e todas se transformam com o tempo e os acontecimentos. Como era o português de Gil Vicente ou de Camões…? Como soava? Incluí brincadeiras de infância e descrições desse lugar especial, que é a mãe que protege e que dá asas para voar. Muitos outros livros podiam ter enchido esta mala. Nem tem António Torrado, Álvaro Magalhães, José Ary dos Santos… Mas sinto que apenas um me faltou, tendo em conta os motivos que me permitiram este trabalho. O “Auto da Fonte dos amores”, de Carlos Clara Gomes, uma obra de arte que cruza língua portuguesa e poesia, ilustração, história e música, com amor (www.tradisom.com/catalogo/auto-da-fonte-dos-amores-1). Devia ter estado. Apesar de estarmos na biblioteca de uma escola, um dos lugares ideais para procurar respostas, acabei por não perguntar quantas línguas existem no mundo, há quanto tempo existe a língua portuguesa, em quantos países é falado…? Ouvi dizer, que alguém disse: - Então mas como é isto? Ela tem um livro para cada coisa que diz? E o tempo passou a correr, com o sol na janela e as cabeças atentas a mergulhar nos livros. Obrigada! |
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Como se vai fazendo
Tema. Começar pelas possibilidades, procurar as faltas, mergulhar e encontrar o fio...! Cada sessão, que pode parecer só mais uma, é sempre única e especial. Pelo livro e principalmente pelas pessoas que ali estão a escutar, sentir, viver. Com grupos pequenos a relação com os livros presentes é mais próxima, com grupos grandes torna-se mais..., não é volátil, nem etérea,... feita no ar, 😊 o lugar onde as melhores coisas são feitas.
Tema. Começar pelas possibilidades, procurar as faltas, mergulhar e encontrar o fio...! Cada sessão, que pode parecer só mais uma, é sempre única e especial. Pelo livro e principalmente pelas pessoas que ali estão a escutar, sentir, viver. Com grupos pequenos a relação com os livros presentes é mais próxima, com grupos grandes torna-se mais..., não é volátil, nem etérea,... feita no ar, 😊 o lugar onde as melhores coisas são feitas.